Na tabanka de Eticoga, uma aldeia na ilha de Orango, na Guiné-Bissau, assistimos a uma das experiências da viagem, uma dança tradicional, quase ritualística, em redor de uma fogueira a quebrar a escuridão da noite.
Voltamos aos moto-carros e seguimos caminho até encontrarmos um homem com vestes tradicionais junto a uma fogueira. Quando a música se fez ouvir, foi rodeado por um grupo de mulheres a cantar e dançar, com pulseiras nos tornozelos a enfatizar a percussão. Existem pulseiras idênticas no Mercado do Bandim, em Bissau, feitas de caroços de manga secos com pedras soltas no interior.
À medida que o ritmo da dança aumentava, juntavam-se mais personagens, homens, crianças, mais mulheres, e até alguns espectadores nesta dança hipnotizante, com uma forte componente de improviso e com uma intensidade crescente que contrastava com o cair da noite.
O fogo, apesar de também contrastar com a escuridão da noite, ligava na perfeição com o calor desta dança que se tornou frenética, quase ritualística e que terminou num círculo em torno da fogueira.
No regresso, já na caixa do moto-carro, com o escuro da noite sem contrastes além dos faróis dos nossos veículos, tive a sorte de ver uma estrela cadente neste céu digno da distinção “Dark Sky”.
Mais à frente, e para meu embaraço, que tinha anunciado ao grupo o avistamento de um corpo celeste, percebi que era um pirilampo. Dezenas deles iluminavam suavemente o nosso caminho até ao Parque.
Na primeira noite no Orango Parque lembrei-me do que a Ana Maroto disse, algo como: “isto não é um hotel com um projecto de preservação ambiental, isto é um projecto com um hotel”.
Deste a última vez que aqui estive, em 2017, foram construídos seis bungalows espaçosos de quarto duplo, com casa-de-banho, a acrescer aos dois que já cá estavam e que contam com quatro quartos duplos cada, totalizando 14 quartos duplos e capacidade para 28 pessoas.
O quarto em que fiquei é um bungalow espaçoso, adornado com um mural, e construído ao estilo das habitações que encontrámos na tabanka. Não há ar condicionado, mas há ventoinha e janelas, que em vez de vidro têm redes mosquiteiras. Pode ser o primeiro choque para quem vai a pensar em férias de resort. Uma vez ultrapassado este problema de primeiro mundo, fechei a rede mosquiteira por cima da cama e dormi até acordar com o som das ondas. Ou terei sido despertado pelo calor?
O PressTUR viajou a convite da TAP Air Portugal e do Orango Parque Hotel
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Arquipélago dos Bijagós: A Ilha Sagrada de Poilão 1/2
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Orango Parque Hotel: A tabanka de Eticoga 1/2
Orango Parque Hotel: A tabanka de Eticoga 2/2
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