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Novo grupo de agências de viagens Airventure quer ser “maior produtor no BSP Portugal”

A Airmet, o Consolidador.com e as agências Gomes Alves, Tropical Season, Leiriviagem e Via São Jorge apresentaram hoje um novo projecto conjunto, a Airventure, um grupo focado na contratação aérea e com ambição de ser “o maior produtor no BSP Portugal a médio prazo”, segundo Luís Henriques.

A Airventure é detida em 50,01% pela Airmet e 49,99% pelos outros sócios, “mas o acordo parassocial define que todos têm direito a palavra em conselho de gerência” com a mesma participação, especificou Luís Henriques, hoje em conferência de imprensa em Lisboa.

Os sócios fundadores da nova organização são Luís Henriques pela Airmet, Miguel Quintas pelo Consolidador.com, Alberta Gomes Alves pela agência de viagens Gomes Alves, Luís Cabral pela agência Tropical Season, Marco Velez pela agência Leiriviagem e Rui Eanes pela agência Via São Jorge.

Todos os sócios têm pelouros específicos com responsabilidades na gestão diária: financeiro (Leiriviagem e Gomes Alves), tecnologia (Tropical Season), contratação (Consolidador.com) e comercial (Airmet). “Com a entrada de novos sócios em Janeiro haverá alterações”, acrescentou Luís Henriques.

A Airventure contará com mais seis sócios a partir de Janeiro de 2023, um deles a Em Viagem, embora ainda não esteja formalizada a integração dos novos sócios.

Dos seis novos sócios, “dois fazem parte da Airmet, dois são independentes e dois fazem parte do grupo concorrente”, indicou Luís Henriques.

Os novos sócios, ao integrarem a Airventure, passarão a fazer parte também da Airmet, especificou o executivo.

Com as 12 agências de viagens a partir de Janeiro, a Airventure perspectiva alcançar uma “facturação entre 90 e 95 milhões de euros por ano só na venda de aéreo”, o que corresponde a uma quota de cerca de “14% do BSP Portugal”, que “em 2022 foi de cerca de 650 milhões de euros”.

Contudo, os dados do BSP Portugal a que o PressTUR teve acesso indicam que as agências de viagens portuguesas IATA realizaram 695,8 milhões de euros de vendas de bilhetes de avião nos dez meses de Janeiro a Outubro.

A Airventure é composta exclusivamente por agências de viagens com chapa IATA, tem um RNAVT próprio e está a concluir o processo para ter um número IATA próprio até ao final do ano.

“Acreditamos que como uma sociedade única, com um RNAVT único, com um número IATA único conseguimos ter outro poder de contratação e de negociação que não conseguiríamos isoladamente” para cumprir um objectivo principal: “ter as melhores condições comerciais para agências de viagens IATA”, sublinhou Luís Henriques.

A Airventure “pretende ser um grupo exclusivo, fazer algo completamente diferente em Portugal e ser o maior produtor no BSP Portugal a médio prazo”, acrescentou o executivo.

A criação desta organização “é a única forma que temos de sermos mais competitivos em termos de contratação aérea”, resumiu Luís Henriques.

Outro dos objectivos da criação da grupo é a “repartição de overs, rappeis, segmentos e tudo o que seja remuneração extra entre os sócios”, para “dar mais rentabilidade aos sócios”.

Luís Henriques indicou que a Airventure conseguirá “aumentar em 2,5% a 3% a rentabilidade média de uma agência de viagens IATA que entre para a organização”.

A nível de inovação tecnológica, o executivo avançou que já está contratada a plataforma de reservas de voos Lleego, “que já está em pleno funcionamento”, e outra plataforma será contratada no decorrer do próximo ano.

Luís Henriques destacou ainda que a Airventure tem algumas características diferenciadoras. Uma delas, disse, é que “as decisões são tomadas em conjunto por todos os sócios e não impostas pelo grupo de gestão de forma unilateral”.

Além disso, a Airventure vai ter um fundo de garantia, “reforçado pelos sócios na entrada e com uma percentagem da facturação anual”.

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