A Mangia’s Resorts and Clubs é uma marca com histórico em diferentes tipos de actividade no sector turístico em Itália, incluindo hotéis na Sardenha, que o Chief Commercial Officer (CCO), Nick Balzan, descreve como uma opção de “luxo acessível”.
Em declarações aos jornalistas durante uma viagem à Sardenha, o CCO do grupo começou por fazer um enquadramento histórico da Mangia’s Resorts and Clubs, que faz 50 anos em Setembro deste ano. Começou como uma pequena agência que levava sicilianos para fora de Itália, ao que se seguiu a criação de um receptivo para receber turistas franceses, e depois a compra de unidades hoteleiras e a criação de um operador turístico. A Aeroviaggi chegou a operar cerca de 25 aviões por semana para a Sicília.
Em 2019, antes da pandemia, faleceu o fundador, António Mangia, e um dos seus filhos, Marcello Mangia, assumiu o cargo de presidente e CEO. A chegada da covid-19 acabou por voltar a colocar os italianos no topo dos mercados para a empresa, devido à tolerância em relação ao turismo interno no decorrer da pandemia.
A empresa assinou recentemente um acordo com o fundo Blackstone para investir em hotelaria na Sardenha e na Sicília. “Abordaram a família, e uma joint-venture foi criada” com a aquisição de 75% de cinco hotéis do grupo e 25% de um. Os outros sete hotéis continuam a ser 100% propriedade da família Mangia, sendo que nove dos 13 hotéis encontram-se na Sicília e os restantes quatro na Sardenha, especificou Nick Balzan.
“A empresa decidiu mudar o modelo, deixando de falar só com o mercado italiano e o francês, abrindo para outros mercados”, como o do Reino Unido, da Alemanha, de Portugal e da América do Norte, segundo o CCO da empresa. O conceito dos hotéis também mudou, passando de um modelo de clube italiano/francês para um tipo de resort. Em 2019 tinham 13 hotéis e 13 restaurantes e actualmente contam com o mesmo número de unidades hoteleiras, mas com três a cinco restaurantes por estabelecimento, oferecendo mais opções como restaurantes à la carte e beach clubs.
Portugal é o principal mercado para o Mangia’s Santa Teresa Resort
Este ano, a Mangia’s Resorts and Clubs renovou três unidades hoteleiras, incluindo o Mangia’s Santa Teresa Resort, através de um investimento de 15 milhões de euros.
“A nossa ambição é crescer”, afirmou Balzan, “actualmente estamos a concentrarmo-nos nos 13 hotéis que temos, queremos consolidá-los, torná-los melhores e, depois, em dois anos, vamos crescer”. O CCO sublinhou que “temos uma ambição muito grande de ter mais hotéis. Comprámos um edifício em Palermo, no centro, que vamos converter em apartamentos de luxo, e vamos ter também outro hotel em Palermo, e depois a ideia é olhar para outras partes de Itália”.
Em relação a mercados, “o nosso foco principal continua a ser França, mas no Mangia’s Santa Teresa Resort, por exemplo, o principal [mercado] é o português, devido ao acordo com a Viajar Tours”, enquanto que noutros hotéis os públicos principais podem variar, sendo que o objectivo é que os hotéis da Mangia’s não se foquem exclusivamente num só público.
No que diz respeito à aposta no mercado português, Nick Balzan afirma que “é um mercado pequeno, mas é um mercado muito leal a marcas, então se conseguirmos criar a Mangia’s no mercado português, tornando-a conhecida como uma marca de qualidade em Itália, então podemos criar volume e crescer mais facilmente, e foi por isso que fizemos uma parceria com a Viajar Tours para promover este hotel”.
“Não estamos a vender luxo, estamos a vender luxo acessível, é o que digo sempre”, afirmou o CCO da Mangia’s no que diz respeito ao seu produto, acrescentando que estão a comercializar um produto com “boa comida, boas praias, boas instaçaões para crianças e boas instalações para adultos”.
Em 2024, a novidade será a introdução do conceito de “tudo incluído” nos hotéis Mangia’s, bem como um renovado Marmorata, unidade hoteleira de 554 quartos sujeita a um investimento de 50 milhões de euros.
O Marmorata, à semelhança do Mangia’s Santa Teresa, vai começar a operação em Julho, ou até Agosto, depois do processo de renovação, e será uma temporada para corrigir e melhorar os serviços e instalações.
Voltando à operação com a Viajar Tours, Nick Balzan afirmou que, apesar de esperar que o hotel vendesse, foram surpreendidos pela rapidez com que a operação foi vendida, e sublinhou que “no próximo ano temos de estar mais preparados, encontrar mais staff, é difícil encontrar empregados”.
No que diz respeito ao acordo com a Blackstone, o objectivo do grupo vai ser sempre apostar na marca Mangia’s, enquanto que o fundo de investimento e as suas marcas upscale vão permitir acelerar o seu desenvolvimento, mas os conceitos serão sempre com a marca Mangia’s, por exemplo “Mangia’s Santa Teresa by Curio”.
O PressTUR viajou a convite da Viajar Tours
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