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Hurghada: à descoberta dos encantos do Mar Vermelho

A ideia de uns dias passados entre banhos de mar e uma espreguiçadeira ao Sol é motivo de sobra para muitos dos que viajam até Hurghada, mas para desvendar todos os encantos do Mar Vermelho é preciso navegar até às ilhas. Embarque connosco.

As praias são o mais conhecido atractivo de Hurghada, no Egipto, e por motivos de peso, como os tons de azul claro do mar e a temperatura da água, acima dos 26 graus centígrados em Junho, com tendência para subir em Julho e Agosto.

Na maioria dos hotéis encontramos todas as comodidades para um bom dia de praia, com espreguiçadeiras e chapéus de sol, bares, cafés e equipamentos para fazer snorkeling e outras actividades aquáticas.

Mas se queremos mergulhar em águas realmente translúcidas, daquelas que fazem duvidar se não houve exagero na edição da imagem quando as vemos num ecrã, é preciso navegar até às ilhas Giftun.

Embarcamos então num iate de dois pisos num marina próxima do centro de Hurghada. Ao leme está o capitão Sabry, homem de barba grisalha, óculos e boina, que há mais de 30 anos leva turistas a fazer snorkeling e mergulho no Mar Vermelho.

De olhos postos no horizonte, Sabry diz-se apaixonado pelo mar e, como que para provar a sua paixão, confessa que aquilo que o faz mais feliz neste trabalho é ver os turistas sorrir quando avistam golfinhos ou nadam rodeados de peixes coloridos.

A postura serena do capitão contrasta com a electricidade de Shahid, um jovem de 26 anos que abandonou a confusão do Cairo há oito anos para guiar turistas no mar.

É este jovem marinheiro de rastas quem nos explica o funcionamento das máscaras e tubos de snorkeling e é com ele que mergulhamos para explorar os corais e ver os peixes mais coloridos que podemos imaginar.

Após uma hora de excursão aquática, regressamos a bordo para almoçar frango frito, arroz, babaganoush (pasta de beringela, azeite e tahini), e o quase sempre presente e quase sempre delicioso pão egípcio.

A banhos na Orange Bay

O dia já estava ganho, mas ainda havia de nos surpreender. Navegamos lentamente, fascinados com os diversos tons de azul do mar, até que nos aproximamos da Orange Bay, nas Ilhas Giftun.

Um barco mais pequeno leva-nos até ao cais da Orange Bay, onde encontramos estruturas de madeira que abrigam bares, gelatarias e cafés, esplanadas e colchões à sombra para se descansar a contemplar o mar.

Escolhido o pouso, largamos a tralha e caminhamos mar adentro com a água pouco acima do tornozelo até bem longe da costa. Observamos no horizonte as montanhas e, atrás de nós, a ilha árida onde chegam e partem grupos de turistas.

De volta à sombra, recordo que ninguém revelou qualquer hesitação em entrar no mar, apesar de uma semana antes um homem russo ter sido morto por um tubarão numa praia de Hurghada.

Os ataques de tubarões são raros. Em 2022, foram registados em todo o mundo um total de 57 ataques não provocados, menos que a média de 70 ataques por ano registada de 2017 a 2021, segundo dados do ISAF (International Shark Attack File do Museu da Flórida) citados pelo “Independent”.

Em conversa com o PressTUR, Tro Guevrekian, CEO da Travel Ways, uma das maiores empresas dedicadas à recepção de turistas no Egipto, afirmou que “quando há ataques de tubarões nesta região ocorrem próximo das datas do Eid al-Adha”, uma celebração islâmica que leva a um aumento do transporte de gado no Mar Vermelho. Se ocorrem acidentes, a carne é deitada ao mar.

Já em Portugal, o PressTUR falou com João Correia, biólogo marinho doutorado em pesca comercial de tubarões e raias. “Se há engodo a ser atirado para dentro de água, pois claro que isso vai atrair tudo nessa zona”, afirmou.

Contudo, o que está a acontecer, na sua opinião, é que viajar para um destino como Hurghada para fazer mergulho ou snorkeling tornou-se mais acessível nos últimos anos e, portanto, “há mais pessoas dentro de água, mais telemóveis com dados” para registar e, no fundo, “mais visibilidade”.

“O melhor conselho” de João Correia para quem viaja para o Mar Vermelho e pretende mergulhar ou fazer snorkeling é fazê-lo com “empresas sérias e de qualidade”, que tenham “boa reputação” e cumpram todas as regras de segurança.

Terá sido o nosso caso. Deixamos a ilha para trás e regressamos queimados do sol, com o vento no rosto a recordar o dia. A palavra final é de Assis Serra, da agência de viagens Zarpar Viagens, na Póvoa de Varzim: “quem vem a Hurghada, tem que fazer esta excursão, é obrigatório. O cenário aqui não é muito diferente das Maldivas, com os tons de azul, as águas calmas e quentes”.

No mesmo sentido, Helena Rocha, da agência de viagens B Travel do Porto – Antas, faz uma comparação com outras excursões semelhantes no México. “Esta é francamente melhor. Não sei se por ser uma ilha menos explorada, mas o que é facto é que tivemos muito boas condições sem estarmos num local massificado”.

Depois de um dia no mar, espera-nos uma aventura no deserto à descoberta de uma aldeia beduína, onde ficaremos a saber várias curiosidades sobre os costumes e tradições destes habitantes do deserto.

Continua: Hurghada: conhecer a vida no deserto

O PressTUR viajou a convite da Sonhando

Ver a reportagem completa:

Hurghada: as três facetas de um destino à beira mar

Hurghada: à descoberta dos encantos do Mar Vermelho

Hurghada: conhecer a vida no deserto

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