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Hotelaria contra taxa turística municipal no Funchal “por uma questão de equidade”

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Bernardo Trindade, defende que a taxa turística na Madeira deve ser regional “por uma questão de equidade”, opondo-se à posição do Funchal, que planeia aplicar uma taxa municipal.

“Nós somos contra uma taxa turística, mas se a decisão soberana ocorrer nós defendemos uma taxa turística regional, por uma questão de equidade”, afirmou Bernardo Trindade esta sexta-feira, no Funchal, no encerramento do 34º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela AHP.

O presidente da Associação defende que as receitas de uma taxa turística não devem ser concentradas num município “que tem dois terços das dormidas” do arquipélago.

“Não é possível concentrar os recursos tão somente em quem tem dois terços das dormidas”, frisou Bernardo Trindade. “É preciso tratar do restante território. E é com o restante território tratado que vamos afirmar a Madeira como todos queremos”.

Na abertura do Congresso, Bernardo Trindade já tinha defendido que a taxa deveria ser regional porque “a Madeira é cada vez mais um binómio cidades e experiências na natureza”. Na sua opinião, “para prosseguir esse equilíbrio, a receita deve ser distribuída de forma equilibrada”.

A presidente da Câmara do Funchal, Cristina Pedra, também na abertura do Congresso, defendeu que a taxa turística deve ser municipal e não regional, por ser o município com “maior pressão” turística.

“É uma taxa turística que já existe em tantos outros destinos e o critério utilizado para a cobrança são as dormidas. Nesse sentido é lógico que seja o Funchal a arrecadar a maior fatia de receita, dado que é na capital da Região Autónoma da Madeira que se encontra a maioria dos estabelecimentos hoteleiros”, justificou.

“Não posso deixar de notar a preocupação que algumas figuras com responsabilidade turística nacional evidenciaram com a aplicação desta taxa municipal na Madeira”, frisou Cristina Pedra. Esta posição, “embora sendo legítima, não teve eco relativamente a Lisboa, Porto ou quaisquer outras cidades do país”.

Assim, a autarca desafiou “os defensores desta medida a pedirem ao Governo da República a criação de uma taxa nacional e a dizerem aos municípios, porque não Lisboa e Porto, que vão abdicar das suas receitas em favor do Orçamento do Estado”. Clique para ler: Funchal defende taxa turística municipal e não regional por ser município com “maior pressão”.

A taxa turística no Funchal será de dois euros por noite até um máximo de sete noites.

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Para aceder ao site do Congresso da AHP clique aqui.

O PressTUR participou no 34º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo a convite da AHP

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