A greve de pilotos da companhia aérea SAS chegou hoje ao seu 11º dia e, segundo a transportadora, ameaça a capacidade de aceder a financiamento, sem o qual poderá ser forçada a reduzir radicalmente a sua dimensão ou entrar em colapso.
Uma notícia da Reuters citada na imprensa internacional indica que a SAS e os sindicatos estão hoje em mais uma ronda de negociações para terminar a greve, relacionada com o plano de resgate da companhia aérea.
A SAS, cujos principais proprietários são os governos da Suécia e da Dinamarca, cancelou 201 voos na quinta-feira, o que corresponde a 64% dos voos programados, segundo dados da FlightAware recolhidos pela Reuters.
A companhia aérea enfrenta dificuldades e precisa de cortar custos e atrair novos investidores para sobreviver, tendo pedido proteção contra falência nos EUA no dia 5 de Julho.
“A greve está a colocar em risco o sucesso do processo do Capítulo 11 e, em última análise, a sobrevivência da empresa”, disse o CEO da transportadora, Anko van der Werff, citado pela agência noticiosa.
Os pilotos empregados pela SAS Scandinavia, subsidiária do SAS Group, disseram que concordariam com cortes salariais limitados e condições menos favoráveis, mas a empresa disse que as concessões até agora não são suficientes para realizar o plano de resgate anunciado em Fevereiro.
A Reuters acrescenta que os sindicatos também estão a exigir que os pilotos que perderam seus empregos durante a pandemia sejam contratados novamente pela SAS Scandinavia, em vez de competir com candidatos externos a empregos com condições menos atractivas nas recém-criadas SAS Link e SAS Connect, com sede na Irlanda.
Os mecânicos dinamarqueses, que estavam em greve em solidariedade para com os pilotos, disseram na quinta-feira que iriam terminar a greve, uma medida que significa que os aviões da SAS em Copenhaga poderão voltar a voar rapidamente assim que um acordo com os pilotos for alcançado.
A notícia especifica que os mecânicos suecos não continuaram a greve e os pilotos contratados pela SAS Connect e SAS Link também não estão em greve.