As ocupações dos charters de médio curso dos operadores turísticos do Grupo Ávoris ficaram perto dos 90% este Verão, mas a venda foi “muito irregular” devido à “grande concentração de voos charter do Porto”, revelou o director Comercial da empresa em Portugal, Constantino Pinto.
Em entrevista ao PressTUR, o executivo que lidera no mercado português o grupo detentor dos operadores turísticos Travelplan e Nortravel, entre outros, garantiu que a empresa teve um bom Verão, sobretudo nas Caraíbas. No médio curso, os resultados são positivos, mas “tivemos que estar constantemente a intervir”.
PressTUR: Como foi o Verão para os operadores turísticos da Ávoris?
Constantino Pinto: No cômputo geral, atendendo à diversidade dos operadores que temos e o tipo de produto que temos, podemos dizer que foi um bom ano, sem dúvida absolutamente nenhuma. Agora, este bom ano tem diversas tonalidades. A parte da tour operação da Nortravel correu bastante bem, mas não tão bem como desejaríamos, porque o tipo de produto estrela da Notravel é um produto de qualidade, como sabemos, mas os circuitos europeus estão realmente caros. A hotelaria e tudo aquilo que serve de base à confecção do produto de circuitos europeus da Nortravel está com preços muito acima do que era habitual. Isto à partida limita logo a procura, porque as coisas estão efetivamente caras. No entanto, mesmo assim, podemos dizer que correu bastante bem. As operações charter de médio curso da Nortravel e da Travelplan correram razoavelmente bem, com alguma instabilidade. Houve épocas em que se vendeu sem qualquer problema, em que se encheu e ficou cheio. Em alguns casos até com segundas rotações dos aviões. Depois tivemos outras datas em que foi mais difícil vender. Portanto, mesmo em produtos em que tradicionalmente se vendia bem e se começava a vender muito cedo, este ano tivemos uma venda muito irregular. No final, e praticamente concluídas todas as operações de médio curso, as ocupações foram boas, andámos muito próximos dos 90%, mas foi difícil. Tivemos que estar constantemente a intervir.
PressTUR: Que factores contribuíram para esta venda irregular?
Constantino Pinto: Terão contribuído vários factores. Penso que uma das causas foi o facto de haver uma grande concentração de voos charter à partida do Porto, não propriamente por opção, mas sim por necessidade, porque Lisboa não responde ao médio curso, há muita dificuldade na obtenção de slots. Houve uma oferta desmesurada a partir do Porto. E se, por um lado, o cliente do Norte está habituado a vir a Lisboa, ainda não conseguimos que o cliente do Sul, de Lisboa, tenha o mesmo tipo de hábito. Há clientes para quem é igual ir ao Porto, mas a maioria não encara isso sequer como uma possibilidade. É uma mentalidade que terá que mudar com o tempo até termos um novo aeroporto. Depois a procura que existe no Norte, que é muita para este tipo de destinos, não é obviamente suficiente para a quantidade de oferta que houve. Eu acho que todos penámos um bocadinho mais nuns destinos do que noutros, mas isto obrigou-nos a sacar do nosso engenho para conseguir contornar as dificuldades. O balanço é positivo, obviamente.
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