O Götheborg of Sweden, uma réplica de um homónimo navio sueco do século XVIII, chegou hoje, 5 de Setembro, a Lisboa, onde vai ficar, disponível para visitas do público geral, até dia 9, quando vai partir para continuar a sua viagem rumo à Ásia.
O navio chegou hoje de manhã a Lisboa ao som de uma salva de oito tiros de canhão, tradição naval cumprida à regra junto à Torre de Belém, tendo seguido posteriormente para o Cais Rocha Conde de Óbidos.
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O navio encontra-se neste cais de Alcântara e está disponível para ser visitado pelo público geral. No exterior encontra-se uma exposição alusiva à história do navio, com entrada gratuita, enquanto que para uma visita guiada a bordo o preço é de 15 euros.
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Quem estiver interessado em ir mais longe e juntar-se à tripulação como marinheiro aprendiz, com um horário de quatro horas de trabalho e oito de descanso, a viagem até Málaga, com a duração de seis dias, tem o preço de 925 euros. Também é possível reservar uma viagem noutro percurso da expedição do Götheborg até Xangai, onde tem chegada prevista para Setembro de 2023.
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O navio também recebe eventos, tendo já marcado para Lisboa uma recepção à Embaixada da Suécia e um evento corporativo privado.
Neste momento, de acordo com Kristoffer Bennis, director da expedição, estão 64 pessoas a bordo, 20 das quais fazem parte da tripulação profissional, enquanto que os restantes estão a desfrutar da experiência de marinheiro ao estilo “Lobo do Mar” de Jack London, sem o temível capitão Wolf Larsen, que é substituído pelo capitão Anders Lassenius.

Lisboa é a oitava escala desta expedição que começou em Gotemburgo a 8 de Junho e já passou por Helsingborg e Estocolmo, na Suécia, Helsínquia, na Finlândia, Copenhaga, na Dinamarca, Oslo, na Noruega, Londres, em Inglaterra, e Bremerhaven, na Alemanha.
O navio parte para Málaga no dia 9 de Setembro e continua a sua viagem pelo Mediterrâneo durante o Inverno.
Esta expedição segue os passos do navio original e, de acordo com o comunicado da empresa que gere o navio, tem o objectivo de “promover as relações comerciais entre a Europa e a Ásia”.
O Götheborg é uma réplica de um navio com o mesmo nome que representava a Companhia das Índias Orientais até encalhar e afundar ao largo de Gotemburgo em 1745.
As excavações para recuperar o navio original começaram em 1984 e em 1995 começou a construção desta réplica, que ficou terminada em 2003, quando foi lançado ao mar. Entre 2005 e 2007, o Götheborg fez uma viagem de ida e volta à Ásia, tendo depois realizado diferentes expedições à Europa, a mais recente em 2015.

Em 2019, de acordo com a “convicção de que o navio foi construído para navegar”, a Greencarrier adquiriu a empresa gestora do Götheborg, a SOIC Ship Management, e um ano mais tarde, adquiriu a embarcação.
Os parceiros desta expedição são a EKN, Agência Sueca de Crédito à Exportação, e a Vinnova, Agência Sueca de Inovação, além de uma série de fornecedores que apoiam a mesma de diferentes formas.
Porquê a salva de tiros de canhão à entrada e porque é que as velas estão recolhidas?
O director da expedição explicou que a tradição da salva de tiros é uma forma de uma embarcação anunciar ao porto ao qual está a chegar de que vem em paz. Depois da salva, com o conhecimento de que o processo de recarregar os canhões demora algum tempo, o porto da cidade percebe que o navio segue sem munições e que dessa forma anuncia que vem em paz.
No que diz respeito às velas recolhidas, Kristoffer explicou que como tudo no navio é “feito à mão”, a recolha das 26 velas do Götheborg demora cerca de seis horas, daí não ter sido possível observar o navio no seu total esplendor.