O presidente da Associação dos Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), Fernando Garrido, desafiou o novo Governo a resolver os problemas “conhecidos e nunca resolvidos” do sector, do constrangimento aeroportuário em Lisboa à legislação laboral “desajustada”.
Com o início de “um novo ciclo político, não podemos continuar a esconder-nos e a adiar a resolução dos problemas existentes no nosso sector”, começou por dizer Fernando Garrido na inauguração do XX Congresso da ADHP, em Aveiro, esta quinta-feira.
Para o presidente da ADHP, é “fundamental que o novo Governo tenha a coragem e reúna a convergência das forças políticas, para que se assuma a resolução destes problemas estruturais em prol do país, colocando de parte as questões políticas”.
Entre os problemas elencados por Fernando Garrido constam a “legislação laboral completamente desajustada” no sector da hotelaria e a “ausência de reconhecimento e valorização das profissões”.
Além do tema laboral, outros desafios destacados pelo presidente da ADHP são o constrangimento aeroportuário na região de Lisboa e a ferrovia de alta velocidade.
“De uma vez por todas, têm de se tomar decisões, este é o sector do futuro”, sublinhou Fernando Garrido.
No que concerne a perspectivas, o presidente da Associação afirmou que, depois de um 2022 positivo e de um 2023 excepcional, apesar das dúvidas, 2024 “será igualmente um excelente ano”.
A sessão de abertura também contou com uma intervenção do presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, que sublinhou a “situação politicamente instável e com poucas certezas sobre a governabilidade”, os “desafios internos” que têm de ser resolvidos e a instabilidade internacional.
Apesar da actual conjuntura, o presidente da CTP indica que o turismo é dos sectores que continua a desenvolver-se, apontando os 30 milhões de hóspedes e 77 milhões de dormidas em 2023, e os 25.000 milhões de euros em receitas.
No que diz respeito a previsões, o presidente da CTP afirmou que os dados recolhidos relativos à Páscoa deste ano são semelhantes aos de 2023. Se este ano for igual a 2023, será “um óptimo ano”, frisou.
Anabela Freitas, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal, salientou as 7,9 milhões de dormidas na região, aliadas ao crescimento de 16% dos turistas portugueses na região.
Em relação a desafios, Anabela Freitas apontou a sustentabilidade e a digitalização: “temos de ser capazes de dar um upgrade naquilo que é o nosso destino”.
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O PressTUR participa no Congresso a convite da ADHP