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Costa Silva quer estratégia do turismo transfronteiriço ‘a mexer’ antes do final de Março

A estratégia ibérica do turismo transfronteiriço, que prevê a criação de novos produtos turísticos e promoção externa conjunta, estará em execução ainda no primeiro trimestre, indicou o ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.

“Digo sempre que o futuro é hoje, portanto o prazo é para neste primeiro trimestre termos tudo isto a andar”, disse o ministro aos jornalistas esta quinta-feira em Madrid, na feira de turismo Fitur.

António Costa Silva esteve na Fitur para apresentar com a ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha, Reyes Maroto, a Estratégia de Sustentabilidade do Turismo Transfronteiriço Portugal e Espanha 2022-2024, sobre a qual os dois países assinaram um memorando de entendimento em Novembro, em Viana do Castelo, na 33ª Cimeira Luso-Espanhola.

O plano estabelece as bases de cooperação entre Portugal e Espanha para, através do turismo, desenvolver e revitalizar as localidades transfronteiriças.

A base de financiamento para a execução da estratégia é o Programa Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha Portugal (POCTEP), um programa da Comissão Europeia que conta com 320 milhões de euros para o período 2021-2027.

O valor a investir no desenvolvimento e promoção do turismo transfronteiriço ainda não está definido, indicou o ministro da Economia. “As nossas equipas estão a afinar e vão começar a desenvolver os planos de acção para lançar os produtos e para afinar também o modelo de financiamento”.

Entre 2022 e 2024, a estratégia propõe o desenvolvimento de acções nos dois lados da fronteira com impacto nos destinos, produtos, recursos humanos e promoção externa.

Uma informação do Turismo de Portugal indica que estão previstas intervenções na área do “Turismo cultural (Caminho de Santiago e outras rotas culturais europeias; dinamização do Programa de Castelos e Fortalezas de Fronteira, entre outros); Turismo de natureza (Parques naturais, Turismo ornitológico e observação de fauna e flora, estrelas, etc.); Turismo activo (Caminhadas, Cicloturismo, Rios activos); Turismo gastronómico e enoturismo; e Turismo termal”.

“Criar riqueza” para “mudar o destino” do interior

Um dos objectivos do plano é contribuir para fixar pessoas nas comunidades transfronteiriças, que têm vindo a perder população. “Na última década, perdemos população em todos os municípios raianos portugueses, e Espanha perdeu em 90% dos seus municípios raianos”, afirmou António Costa Silva.

“Se formos capazes de criar riqueza isso vai-se traduzir em tudo aquilo que queremos, [que são] mais escolas, mais serviços públicos, mais resposta às pessoas. Se não fizermos nada para criar riqueza vamos assistir ao definhar destas comunidades e a isso não podemos assistir”, frisou o ministro.

Trata-se de “criar riqueza” para “mudar o destino destas comunidades”. Para Costa Silva “não há nenhuma razão para os territórios do interior serem territórios abandonados” e prova disso é que “a cidade mais desenvolvida da Península Ibérica é Madrid, onde estamos, e é uma cidade do interior”.

“Temos que olhar para os activos que o interior tem, redesenhar estes produtos, qualificar a oferta, fazer a promoção externa e atrair as pessoas”, afirmou o ministro da Economia.

Na sua intervenção, a ministra da Indústria, Comércio e Turismo de Espanha, Reyes Maroto, destacou que o acordo entre Portugal e Espanha é “o primeiro desta natureza entre dois estados” e permitirá promover os dois países em mercados emissores de longa distância.

A ministra espanhola destacou ainda que a sustentabilidade é o ponto estratégico do acordo, “não apenas sustentabilidade ambiental, mas também económica e social”.

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