Hotéis do Algarve e da Madeira perspectivam quebra do mercado britânico este Verão – AHP

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) concluiu através de um inquérito que 32% dos hoteleiros do Algarve e 59% dos hoteleiros da Madeira perspectivam uma quebra do mercado britânico este Verão.
Os hoteleiros inquiridos pela AHP apontam o mercado interno (18%), Espanha e França (15%) como sendo os principais para este Verão, seguidos da Alemanha e do Reino Unido (11%), Brasil (8%), Estados Unidos (6%), Holanda (4%) e Itália (3%).
A AHP destaca a melhoria das expectativas para o mercado
francês e brasileiro, com 45% e 44% dos hoteleiros, respetivamente, a indicarem
que a evolução destes mercados será melhor ou muito melhor que no Verão do ano passado.
Ao analisar por regiões, a Associação indica que 32% dos hoteleiros
do Algarve prevê uma quebra do mercado do Reino Unido, que deverá no entanto
manter-se como principal emissor, com uma quota de 22%.
Os hoteleiros da Madeira também indicam o Reino Unido como principal
mercado, com 19%, seguido da Alemanha e de Portugal.
Contudo, acrescenta a informação, 59% dos hoteleiros da Madeira
prevê uma quebra do mercado britânico, enquanto 53% prevê uma quebra do mercado
alemão.
A AHP sublinha que no Alentejo existe “uma estabilidade de
todos os mercados”, e na região Centro “os principais mercados serão Portugal
(22%), Espanha (18%) e França (14%)”.
No Norte, as respostas apontam como primeiro mercado
Portugal (20%), seguido de Espanha (18%) e França (16%), e nos Açores, os
principais mercados serão, “à semelhança do ano anterior”, Portugal e Alemanha
(22%), com destaque também para “melhor performance dos Estados Unidos, Itália
e Alemanha e a quebra do mercado inglês para 33% dos inquiridos”.
Para a região de Lisboa, a AHP assinala “o crescimento em
termos de performance dos mercados americano, francês e brasileiro”, com os principais
mercados a serem França (17%) Espanha (15%) e Portugal (14%).
O inquérito foi realizado entre 29 de Maio e 21 de Junho com
base nas pré-reservas efectuadas em hotéis associados, com uma amostra de 40%.
Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, citada em
comunicado, afirmou que a Associação tem “acompanhado o mercado inglês com
particular atenção por várias razões, entre elas: o facto de ser um mercado que
em termos de dimensão é o nosso 1º mercado emissor, com uma quota de 22,3%,
mais ainda no Algarve e na Madeira, onde representa 40,3% e 28,4%,
respetivamente, da quota de mercado”.
Cristina Siza Vieira destaca que ainda está por calcular o
impacto do Brexit “particularmente na vertente de desvalorização da libra mas
não só”.
Em análise sobre o desempenho do mercado britânico está
também "a recuperação de destinos concorrentes de Sol e Praia; e a falência de
algumas companhias aéreas".
Neste inquérito, acrescentou a presidente executiva da AHP, “os
hoteleiros já perspectivam que haja uma quebra significativa deste mercado, na
Madeira e Algarve”.
Outro factor assinalado por Cristina Siza Vieira na análise
por regiões é a quebra de 3,8% das dormidas do mercado alemão na Madeira desde
o início do ano, um emissor que representa 30,9%.
A quebra, conclui Cristina Siza Vieira, é “provocada pela falência da Monarch, da Air Berlin e da Niki justifica preocupação”.
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