




A Casa de Marrocos, na aldeia histórica de Idanha-a-Velha, Castelo Branco, vai dar lugar ao Hotel do Templo, segundo um projecto da Câmara de Idanha-a-Nova para levar turistas para a região, com o apoio do programa Revive.
“O que queremos é encontrar bons parceiros, um bom promotor que seja nosso parceiro a contar as histórias desta 'cidade', e que aproveite uma região perfeitamente única que é da ruralidade, que assume essa condição, num território que está a meio caminho entre Lisboa, Porto e Madrid. Estamos suficientemente perto para apanhar um avião para o mundo e o suficientemente longe para ter a tranquilidade melhor do mundo”, disse à Lusa Armindo Jacinto, presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, que esteve hoje em Lisboa a apresentar o projecto.
O concurso, que vai ser publicado brevemente no Diário da
República, prevê uma concessão durante 50 anos.
É o nono projecto a ter o apoio do Revive, um programa
conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças, que pretende
valorizar e recuperar o património sem uso, reforçando a atractividade dos
destinos regionais e o desenvolvimento de várias zonas do país.
Armindo Jacinto destacou que a principal preocupação da
autarquia é escolher um parceiro “que tenha sensibilidade para este projeto”,
que tem exigências de sustentabilidade ambiental e pretende promover a cultura
e a história da região.
“O ponto de licitação do valor anual é de 25 mil euros, o
que dá uma renda por mês irrisória, mas este é só um dos pontos de ponderação,
que representa 40%. Os outros aspectos, como as questões ambientais e as
questões culturais, são também pontos a ponderar”, acrescentou.
O autarca salientou “não ter pressa”, porque o que interessa
é encontrar o promotor certo.
No entanto, a primeira fase do concurso vai decorrer durante
60 dias, prorrogáveis por mais 60, e haverá depois uma fase final de 80 dias.
“Eu diria que no próximo ano gostaríamos de ter escolhido o
promotor e que iniciasse o investimento”, realçou.
Na apresentação do projecto, na Casa de Idanha-a-Nova em
Lisboa, Armindo Jacinto anunciou ainda que, a partir de Janeiro de 2019, será
lançado um passaporte que, por dez euros, permitirá o acesso a seis locais de
Idanha, Monsanto e Proença-a-Nova e dará a "descobrir, através de
experiências inéditas, todo um território".
A Casa de Marrocos, de meados do século XX, está localizada
na aldeia histórica de Idanha-a-Velha e está classificada como Monumento
Nacional.
A casa pertencia a uma abastada família da região, de
sobrenome Marrocos, e foi comprada pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.
O edifício, que nunca chegou a ser concluído, está dentro de
muralhas, junto da catedral da velha Egitânia e sobre parte das ruínas romanas,
nomeadamente sobre parte do ‘forum’.
Apresenta um notável trabalho de pedra nas cantarias e
varandas e uma galeria no primeiro piso, à semelhança das grandes casas
agrícolas da Beira Baixa e do Alto Alentejo.
A sua recuperação, no âmbito do programa Revive, é
considerada “uma das âncoras da recuperação do conjunto arquitectónico e arqueológico
de Idanha-a-Velha”.
A aldeia, hoje com menos de cem habitantes, mantém vestígios
de diversas épocas civilizacionais e foi uma cidade importante na Ibéria
durante cerca de 1.300 anos.
Foi construída no século I a. C. pelos romanos, tendo sido
um importante município romano, mais tarde foi sede episcopal sob domínio suevo
e visigótico, ocupada pelos muçulmanos no século VIII, reconquistada pelos
cristãos no século XII e doada aos Templários no século XIII.
(PressTUR com Agência Lusa)
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